Embora sendo muito rico, ele não era feliz!... E foi por isso que alguém lhe sugeriu uma velha "simpatia", qual seja, a de usar durante sete dias seguidos e vestida pelo lado do avesso, a camisa de um homem feliz, para que, por ela, êle fosse assim contagiado.
Êle aceitou o desafio e o seu primeiro passo foi sair à procura de um homem feliz para pedir-lhe emprestada a sua camisa. Êle procurou por toda parte, mas não conseguiu encontrar nenhum homem feliz ...
O rico sentia-se infeliz por achar que todos tinham inveja dele ... O elegante reclamava da sorte por achar que o alfaiate errara nas suas medidas ... O pai sentia-se infeliz por nenhum dos seus filhos haver querido seguir a profissão que êle exercia ... Um outro reclamava da comida e dizia-se infeliz por não gostar de fígado ... Todos só tinham queixas assim, até que um certo dia, em Paquetá, ao passar pelo rancho de um velho pescador, o homem rico o ouviu orando com as seguintes palavras:
- "Muito obrigado, Senhor, pois eu sou um homem feliz! ... Concluí o meu trabalho diário e ajudei o meu semelhante ... Comi o meu alimento e, então, agora eu já posso me deitar e dormir em paz ... Muito obrigado, Senhor"...
O homem rico, então, exultou de felicidade por haver finalmente encontrado um homem feliz mas, então, ao entrar na cabana para negociar com êle, descobriu que êle era tão pobre ... mas tão pobre mesmo ... que não tinha sequer uma camisa para vestir ... E o homem rico, então, aprendeu assim que "Não se mede felicidade pela quantidade dos bens que uma pessoa possui, mas sim, pela alegria com que ela reconhece tudo de bom que Deus lhe dá" ...