Em outubro de 2005, nesta mesma coluna, publicamos um artigo, intitulado UM MACHO CHAMADO "MARIA", no qual focalizamos a árvore conhecida popularmente como "MARIA GORDA", que foi trazida para Paquetá, em 1907, pelo Dr. José Caetano de Almeida Gomes, médico, professor e famoso pesquisador em Botânica, que foi quem a plantou aqui, pelo que podemos dizer que ela tem um pouco mais de 98 anos de idade, sendo, portanto, ainda quase que uma "muda", visto que essa espécie, "Adansonia digitata", da família das "bombacáceas", costuma viver de três a seis mil anos...
Ela tem exemplares machos e fêmeas, sendo que o de Paquetá é sabidamente um exemplar macho e único na Ilha, pelo que não pode haver aqui a polinização para a multiplicação da espécie, a qual é normalmente feita por moscas varejeiras, abelhas, morcegos e macacos, que costumam sugar o néctar das flores e, assim, quando há exemplares machos e fêmeas, atuar como agentes polinizadores para a multiplicção da espécie.
Por isso, o nome correto desse exemplar de Paquetá deveria ser "MARIO GORDO" e não, "MARIA GORDA", como é chamada por aqui essa árvore singular ... placa rústica que foi colocada por Pedro Bruno no barranco que ladeia o caminho que passa por cima da Praia de Iracema e que, embora merecedor de louváveis elogios quanto à sua execução artística, carece de exatidão histórica, visto que, conforme já dissemos no nosso não os Tamoios, que habitaram a nossa Ilha. (ver o livro citado, em sua pg. 128).
Assim, para ser correta, essa placa deveria dizer :
"ESTA ILHA FOI HABITADA PELOS ÍNDIOS TEMIMINÓS"